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| A recepção pelo Brasil dos investimentos diretos da Rússia e os capitais brasileiros destinados à Rússia Os dados do Banco Central do Brasil mostram que a recepção brasileira de investimentos russos foi nula, até 2001, e de apenas US$ 0,02 milhões, em 2002. Tal fato pode ser atribuído, em parte, a diversos fatores: à era soviética (até 1991), à fase de transição da Rússia para uma economia de mercado, à crise da moratória da Rússia (em 1998) e, finalmente, à preferência dos russos por investimentos na Comunidade de Estados Independentes.
Dois exemplos, contudo, indicam que atualmente existe interesse russo pelo Brasil. O primeiro é que, liderados pela Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Rússia, um grupo de empresários da Rússia abriu negociações com donos de curtumes de Goiás para a instalação no Estado de uma fábrica para a produção de sulfato básico de cromo, insumo utilizado no curtimento do couro "wetblue".
O segundo exemplo deriva da possibilidade do Niva, jipe da marca russa Lada, voltar ao mercado brasileiro pelas mãos dos próprios russos. Ele será importado do Uruguai da empresa Rusia Automotriz. A Rusia Automotriz - que já tem outros acordos com a Avtovaz, fabricante da linha Lada na Rússia - assinou contrato para começar a produzir o jipe Niva em Montevidéu, nas instalações de uma montadora local, a uruguaia Oferol.
Por outro lado, não há registro pelo Banco Central do Brasil de capitais brasileiros na Rússia.
De resto, vale destacar dois fatores que concorrem para promover o investimento russo no Brasil e os capitais brasileiros na Rússia: primeiro, o desempenho da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Rússia, sediada em São Paulo; e segundo, o papel do cônsul honorário do Brasil no Noroeste da Federação Russa, que é o atual presidente da Baltika Brewery. A Baltika Brewery é a maior produtora de cerveja da Rússia, com fábricas em São Petersburgo, Samara, Khabarovsk, Tula e Rostov.
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